Bola Em Campo

25 de novembro de 2010

Goiás cala Pacaembu lotado


Em uma reação épica, o Goiás venceu o Palmeiras por 2 a 1 na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, e garantiu a vaga na final da Copa Sul-Americana. O time esmeraldino calou o estádio, tomado por cerca de 35 mil torcedores palmeirenses que antes fizeram uma bela festa. Ernando foi o herói goiano, garantindo ao clube um alento após o rebaixamento para a Série B do Brasileiro. Aos paulistas, só resta pensar em 2011.

O Goiás, que havia perdido a primeira partida, no Serra Dourada, por 1 a 0, recuperou a vantagem e agora pega o vencedor da disputa entre LDU e Independiente. Os times fazem o segundo jogo nesta quinta-feira, na Argentina. Na primeira partida, o time equatoriano venceu por 3 a 2.

Festa palmeirense, supresa goiana

A torcida do Palmeiras fez uma grande festa antes do jogo. Com o Pacaembu lotado, agitou balões vermelhos, verdes e brancos e fez um mosaico com a frase: "Torcida que canta e vibra", uma referência a um trecho do hino do clube.

Quando a bola rolou, o Palmeiras parecia contagiado pela torcida. Criava mais e assustou Harlei, logo aos seis minutos, em um chute de longe de Danilo que saiu pela linha de fundo. O zagueiro incentivou os torcedores após a jogada. O Goiás precisava vencer, mas o técnico Artur Neto manteve a cautela com três zagueiros e apostou em Otacílio Neto no lugar de Felipe, que está em má fase. Mas o substituto foi constantemente acompanhado por um marcador, dificultando a ligação do meio com o ataque goiano. Do outro lado, Kleber e Lincoln também tinham sempre um defensor na cola. O Goiás sabia que se sofresse um gol ficaria com muitas dificuldades para conseguir o placar para chegar à final. A estratégia do Esmeraldino era marcar forte e tentar um gol no contra-ataque para levar a decisão pelo menos para os pênaltis.

A opção do Goiás era bastante arriscada. O Palmeiras tinha mais oportunidades e chegou a carimbar a trave aos 12 minutos, com Tinga. A torcida explodiu e começou a acreditar que o gol era questão de tempo. A bobeada do lateral Douglas quase concretizou do desejo dos torcedores quando Luan roubou a bola do adversário e chegou na frente de Harlei para chutar fraco, aos 21. Segundos depois, o troco do Goiás veio em um chute forte de Rafael Moura, que raspou a trave de Deola. Jogo quente no Pacaembu!

O visitante melhorava na partida, aproveitando cada espacinho deixado pelo dono da casa e beneficiado pela eficiente marcação sobre os principais articuladores do Palmeiras. Otacílio Neto fez Deola trabalhar aos 27, com um chute pela esquerda. Mas mesmo com o crescimento do Goiás, o gol tão esperado pela torcida do Palmeiras saiu aos 33: Edinho fez um belo lançamento para Luan, que tirou de Harlei e tocou para o fundo do gol: 1 a 0, com direito até a dancinha com os companheiros. A situação do Goiás se complicava. O time de Goiânia precisava fazer dois gols para chegar à final.

Quando o jogo já caminhava para o fim do primeiro tempo, com festa da torcida palmeirense, o Goiás deu o primeiro passo para mudar sua condição: aos 47, Marcelo Costa cobrou uma falta no travessão: a zaga afastou, mas Carlos Alberto aproveitou a sobra e, de cabeça, mirou o gol de Deola. A bola ainda bateu em Tinga antes de entrar: 1 a 1. Silêncio no Pacaembu e vibração dos poucos torcedores do Esmeraldino presentes.

Tensão no Pacaembu, e vaga nas mãos do visitante

Tentando se recuperar do baque, a torcida do Palmeiras voltou a incentivar o time no segundo tempo, colorindo o Pacaembu com mais balões. No Goiás, Artur Neto tirou Douglas, que não fazia boa partida, e colocou o atacante Felipe improvisado pela ala direita. O treinador tentava tirar proveito do gol feito, que abalou um pouco a equipe do anfitrião em campo. O time goiano crescia nos contra-ataques.

Depois de demorar um pouco a engrenar, o Palmeiras voltou a ameaçar o Goiás com força e mostrar afobação para fazer mais um gol, mesmo estando classificado com um empate. O adversário seguia apostando no nervosismo do anfitrião, mas, apesar de circular pelo campo do Palmeiras, pouco chegava em Deola. A tensão era grande entre os torcedores do Palmeiras. Eles não acreditaram quando Kleber errou uma tabela com Lincoln, ou quando o árbitro deu vantagem em uma falta frontal sofrida por Marcos Assunção. As unhas eram roídas cada vez que Deola precisava encaixar uma bola. E os xingamentos foram inevitáveis quando Kleber, sozinho na grande área, chutou torto, à esquerda de Harlei, aos 24 minutos.

Felipão tirou Lincoln e apostou em Dinei para tentar o segundo gol e tranquilizar a massa. Mas o que o treinador palmeirense não previa era a tragédia que se anunciava para o seu time. Aos 36 minutos, o Pacaembu se calou pela segunda vez. Marcão cruzou, Rafael Moura ajeitou, e Ernando cabeceou para o gol, fazendo o gol da classificação goiana: 2 a 1 para o visitante.

Depois de um breve silêncio, a torcida do time paulista apoiou até o fim, mas o nervosismo era evidente entre os donos da casa. Artur Neto tirou um atacante e segurou a pressão do anfitrião. O Palmeiras, afobado, tentava empatar. Mas amargou a decepção em casa. Festa para o time goiano, que se superou e agora é o representante brasileiro na final. O choro do menino palmeirense no vídeo acima exemplifica bem o sentimento dos donos da casa.

23 de novembro de 2010

Diretoria alvinegra quer ver Castelão lotado


A diretoria do Ceará Sporting Club torna público que para a partida entre CEARÁ X ATLÉTICO/PR, a ser realizada no próximo domingo, dia 28/11/2010, vai colocar à disposição dos seus torcedores ingressos promocionais nas cadeiras superiores do Estádio Plácido Aderaldo Castelo - Castelão, ao custo de R$ 15,00.

Essa partida de futebol, além de valer a nossa vaga na Copa Sul-Americana, representa também o último jogo do clube no Estádio Plácido Aderaldo Castelo – Castelão, que será fechado para a realização de reformas visando a Copa do Mundo de 2014. Portanto, vamos aproveitar esse momento histórico para incentivarmos o nosso time de coração a galgar posição de destaque no cenário nacional.

Finalmente, a diretoria executiva do clube espera, com essa promoção, contar com o apoio maciço de sua valorosa e vibrante torcida, proporcionando, por ocasião do último jogo como mandante no Castelão, um público superior aos 40.000 (quarenta) mil pagantes, o que, certamente, nos colocará em posição destacada no ranking de público pagante do campeonato brasileiro de 2010.

Confira na íntegra todos os preços dos ingressos:
TIPO DE INGRESSO PREÇO ACESSO
Superior Inteira - Torcida do Ceará
R$ 30,00 Portão nºs. 05, 06 e 08
Superior Meia - Torcida do Ceará R$ 15,00 Portão nºs. 05, 06 e 08
Superior Promocional - Torcida do Ceará R$ 15,00 Portão nºs. 05, 06 e 08
Inferior Inteira - Torcida do Ceará R$ 60,00 Portão Principal
Inferior Meia - Torcida do Ceará R$ 30,00 Portão Principal
Inferior Promocional - Torcida do Ceará R$ 40,00 Portão Principal
Inferior Inteira - Visitante - Torc. do Atl-PR R$ 60,00 Portão Principal
Inferior Meia - Visitante - Torc. do Atl-PR R$ 30,00 Portão Principal
Inferior Promocional - Visitante - Torc. do Atl-PR R$ 40,00 Portão Principal

Fred sonha presentear pai 'boleirão' e a torcida do Flu com título

Quero colocar minha família inteira em campo para a gente dar essa volta olímpica no último jogo'. A frase de Fred mostra bem o quanto ele espera retribuir, nesta reta final de Campeonato Brasileiro, todo o apoio que recebeu da família, principalmente de seu progenitor, o maior incentivador na carreira. Seu Juá, como é conhecido, também foi jogador e acompanha todos os passos do atacante do Fluminense.

De volta ao time depois de passar meses se recuperando de uma lesão na panturrilha, Fred voltou no jogo contra o São Paulo. Fez um gol, mas perdeu outros. Levou "bronca" do pai:

- Ele é corneteiro. Falou que era para eu ter feito três. Falei: "Pai, um está bom demais, estou voltando agora". Fala que seu jogasse 30% do que ele jogou eu estava bom. Fica pegando os amigos dele para falar. Eu respondo: "Não jogou nada, não tem gravação, não tem revista...". Mas ele tem os vídeos dele. Jogou muita bola. Diz para a família inteira que marcou o Dadá Maravilha. Diz que deitou, que fez isso, fez aquilo. Mas quanto foi o jogo? 1 a 1. Gol de quem? De Dadá. Uma vez fui receber um prêmio aqui e estava o Dadá. Aí pedi ele para contar a história. É um boleirão, tem todos os recortes de jornais, filma tudo o que passa de mim.

Fred concedeu uma longa entrevista para o "Globo Esporte". Confira outros trechos abaixo:

A quem dedicaria o título

"Por trás da gente sempre tem muitas coisas. Primeiramente sempre vem Deus, depois minhas família - pais, irmãos, filha -, pessoas que estão do meu lado em todos os momentos, meus amigos... Aí a gente fala dos companheiros, que me deram força durante os momentos difíceis, o clube, a torcida, que está fazendo por merecer desde o ano passado... Mas acho que está muito cedo para falar em título. Uma das maiores preocupações nossas é focar no próximo jogo apenas, que é contra o Palmeiras. Acho que esse campeonato só vai ser decidido na última rodada, contra o Guarani, mas espero que o título fique com a gente".

Apoio da família

"Esse título tem que sair, para ver se eu levo para o velhão boleirão. Está me acompanhando, filmando tudo desde o início da carreira. Quero colocar minha família inteira em campo pra gente dar essa volta olímpica no último jogo".

Ano difícil por causa das contusões

"Está sendo, apesar de tudo que passei, um ano de muito crescimento, muita felicidade. O Fluminense é o lugar que estou sendo mais feliz em toda a minha carreira. Mas, em compensação, é onde tenho mais responsabilidade. Pelo para isso eu já me sentia preparado. Antes de chegar ao clube, eu estava lutando para encontrar uma felicidade no ambiente de trabalho, no meu dia a dia - na derrota, na vitória ou no empate. Fica mais gostoso quando vêm as vitórias. No ano passado, nós brigamos para não cair e para mim foi como um título. Chegamos na final da Copa Sul-Americana e não ganhamos também. Então está todo mundo nessa expectativa de conquistar o Brasileiro de 2010. Mas foi o que eu falei: nós vamos na humildade, no trabalho, na seriedade, na força do grupo. Tem que parabenizar esse grupo por tudo o que fez no campeonato, pelas ausências que teve o time. Destacar o comando do Muricy, que muitas vezes não tinha nem jogador da função para colocar e ele conseguiu motivar todo mundo, tirar o melhor de cada um para ajudar. Os jogadores menos experientes, os mais experientes, o Conca, que pra mim é o craque do campeonato. Se for analisar o Fluminense, tem muita coisa boa no clube. Eu nunca trabalhei com ambiente tão gostoso, tão feliz e tão sincero como o do Fluminense. Quando tem probleminha... E tem, né? Imagine 30 homens todo dia... Às vezes, se relaciona mais com os companheiros do que com a própria família, os amigos... forma uma família. Então é tudo resolvido na conversa".

Título antecipado com Fred em campo por mais jogos

"Não sei (se já teria sido campeão). O Flu teve umas perdas fortes: eu, Deco, Diogo, Emerson em grande parte do campeonato. Mas, como está muito nivelado, não tem jogo fácil, não dá para saber. Eu sou feliz pelos números, pelo que represento... Quando estou em campo os jogadores me dão força, quando estou fora falam para mim que estou fazendo falta. Isso é gostoso ouvir. Mas, é o que falei: a força do grupo todo foi comprovada. Mesmo com as perdas, o Fluminense se manteve ali na briga pelo título, na maior parte do tempo em primeiro".

Relacionamento do grupo

"Lá dentro do clube cada um tem o seu estilo em campo, fora dele. Eu gosto mais de falar, de cobrar, de orientar, de ser cobrado. Gosto mais desse contato de olhar no olho. O Conca já lidera de uma outra forma, chamando a torcida, decidindo um jogo. Tem o Fernando Henrique, o Leandro Euzébio, com aquele jeito meio bronco dele, o Berna, que é inteligente... Mas o mais importante é que todo mundo tem liberdade para cobrar. E sempre sabendo que quem comanda mesmo lá é o Muricy, ele que manda prender e manda soltar. Uma coisa que o Muricy conseguiu implantar foi tirar o máximo de cada jogador. Seja no treino, seja nos jogos, os atletas estão sempre trabalhando no limite. E isso aí, se ele não conseguisse impor, acho que a gente teria perdido muitos pontos, por descuido, por desleixo. Cada hora ele falava: "Já ganhei esse campeonato, eu sei a dificuldade, então pensa como decisão a cada jogo". Então, o Muricy fortaleceu essa base que tinha desde o ano passado. Foi só melhorado, com os reforços, com a experiência".

Muricy Ramalho e o "não" para a Seleção

"A postura dele foi de admirar mesmo. Quando se trata de seleção... Mas ele sabia que por trás tinha um projeto, uma nação de torcedores, e os jogadores, né? Mas acho que não foi, como ele disse nas entrevistas, pela palavra dele. Todo mundo que não conhecia o Muricy passou a conhecer bem, viu que o cabra é bom mesmo".

Emoções diferentes vividas pelos tricolores nos últimos anos

"A torcida do Flu sempre me acolheu bem, sinto que nossa relação é perfeita. Ela me admira muito, confia muito em mim. Só ouço palavras de carinho, de incentivo. Isso aí é bom ouvir, me deixa mais à vontade no clube. Ao mesmo tempo aumenta minha cobrança interna, de trazer títulos, de entrar de vez para a história, para deixar esse povo todo aí feliz. Todos os jogadores estão em busca disso. Desde o ano passado o movimento que ela fez para nos apoiar... Tomamos de quatro da LDU, eles levaram mais de duas mil pessoas no aeroporto. Depois, lotaram treino, fizeram corredor no Maracanã na final. Então, acho que está tudo dando certo para a gente merecer isso aí. Mas faltam duas decisões ainda".

18 de novembro de 2010

Afastar Jobson das tentações


Janílton Brandão de Oliveira foi zagueiro até 2005. Mas China, como ficou conhecido no futebol, nunca teve tanta dificuldade para marcar um atacante como Jobson. Designado para ser uma espécie de anjo da guarda do atacante, ele tem a missão de tentar conduzi-lo ao caminho da disciplina e do comportamento que está de acordo com o de um atleta profissional. É dele em grande parte a responsabilidade de colocar o atacante novamente nos trilhos após seu afastamento do grupo principal do Botafogo por ter chegado atrasado ao treino da última sexta-feira.

China, de 34 anos, mostra não ser daqueles que fazem o amigo acreditar estar certo enquanto todo o mundo está errado. Ele estava em São Paulo quando Jobson faltou ao treinamento e voou imediatamente para o Rio de Janeiro quando a nova crise estourou. Acompanhando Jobson na cidade há cerca de cinco meses – quando o atacante retornou ao Botafogo –, ele procura mostrar que é preciso respeitar hierarquias e dar satisfações quando decide não obedecê-las.

- O Jobson não gosta muito de conversar. Ele sabe que errou, mas não sabia como se redimir. A maior dificuldade é que é preciso mostrar a ele o tempo inteiro que, quando se assume um compromisso, é preciso cumprir as regras. Não se trata de imaturidade. Ele saiu de casa muito cedo e não teve estrutura familiar. Por isso, vem reaprendendo alguns valores, que estavam invertidos. Ele nunca deu valor a respeito e disciplina, por exemplo, e fica difícil colocar algumas coisas na cabeça de um jovem de 22 anos. Para ele, muitas vezes é normal dormir, não treinar e não avisar - disse ele, que nos tempos de jogador defendeu clubes como Portuguesa, Ituano e Figueirense e encerrou a carreira no Sampaio Corrêa.

O anjo da guarda mora na cobertura do jogador, num bairro de classe média da Zona Sul do Rio de Janeiro, ao lado da mãe, da mulher e do filho de Jobson, além de alguns parentes que o visitam. A presença da família foi um ponto importante discutido pelo Botafogo ao decidir por sua contratação, que somou-se à necessidade de acompanhamento psicológico e psiquiátrico para sua recuperação após a suspensão por doping, no fim de 2009. Isso sem falar nos frequentes testes toxicológicos aos quais é submetido em General Severiano.

Recentemente Jobson chegou a ser afastado de algumas partidas porque, segundo a diretoria do Botafogo, não vinha se comportando de maneira adequada. Leia-se presença constante na noite carioca, embora tenha-se negado qualquer recaída em relação ao consumo de drogas. Segundo China, o atacante alvinegro vem procurando se conter, mas ele admite que uma das grandes lutas é afastar o amigo de qualquer tipo de estímulo por parte de algumas companhias.

- Se alguém fica do lado incentivando, é difícil ele dizer não. O Jobson quer sair porque sente-se prestigiado. Tanto é que vai a lugares de muito movimento. É difícil afastá-lo das pessoas que não têm o mesmo compromisso, e muitas vezes ele não consegue assimilar que não possível caminhar ao lado dessas pessoas - destacou.

Os dois anos de amizade fazem China também saber que, ao mesmo tempo, é impossível deixar Jobson desacompanhando. Daí a importância de ter no Rio de Janeiro ao seu lado aqueles que o conhecem desde os primeiros passos, em Conceição do Araguaia, sua cidade natal, no Pará. São eles que ajudarão o atacante a vencer antigos vícios para finalmente tornar-se atleta e homem.

- Ele precisa ter sempre alguém por perto. O Jobson sente carência. Precisa olhar para os cantos e ver gente - resumiu.

17 de novembro de 2010

'O que falta ao Clodoaldo é interesse'

Próximo de garantir uma vaga na Copa Sul-Americana em 2011 e garantido na Série A, o Ceará tem dois atacantes em fases distintas respectivamente. Enquanto o experiente Magno Alves vem marcando gols decisivos, o mesmo não se pode dizer de Clodoaldo. O baixinho e habilidoso há tempos não é relacionado e sua permanência no Vozão na próxima temporada é incerta. O técnico Dimas Filgueiras analisou a situação do atacante no clube.

- O que falta ao Clodoaldo é interesse. Ele tem um talento acima da média, mas não se dedica nos treinamentos como os demais. Mesmo os jogadores que estão na reserva como ele, esperando uma chance, treinam, se dedicam, mas ele não. Assim fica difícil um técnico oferecer uma oportunidade - sentenciou o comandante.

Em números, o desempenho do avante é pífio: sete bolas recebidas por jogo, apenas uma assistência e uma finalização a gol. E os dribles, uma de suas principais características, sumiram: foram apenas dois.

"Rainha dos Baixinhos"

Um dos poucos destaques do Icasa no Campeonato Brasileiro da Série B, o meia Júnior Xuxa pode desembarcar no futebol paulista para 2011. O jogador está muito perto de acertar com o São Bernardo para a disputa do Paulistão.Atualmente com 26 anos, além de ser o principal articulador do Verdão do Cariri, Júnior Xuxa também é o artilheiro do clube na Série B, com 11 gols. A boa fase despertou interesse de alguns clubes da elite, como Vasco e Guarani, mas ele acabou permanecendo em Juazeiro do Norte.

Se o acerto se confirmar, será a primeira vez que o meia natural de Garanhuns, no interior pernambucano, deixa o futebol do Nordeste. Sua carreira foi toda baseada nos clubes da região. Antes, ele já havia defendido Nacional-PB, Serrano-PE, Ceará e Ypiranga-PE.

Outro jogador do Icasa que pode ser contratado pelo Tigre o ABC é o volante Guto. O jogador faz parte de uma lista de possíveis reforços pretendidos pelo diretor de futebol, Edgard Montemor.

Até agora, já chegaram o centroavante Elionar Bombinha, o goleiro Wilson Júnior, o zagueiro Amarildo, o lateral-direito Henrique e o volante Wilian Favoni. Mas, vem mais por aí.

A estreia do Tigre do ABC no Paulistão 2011 será no dia 16 de janeiro, em casa, no Estádio 1º de Maio, contra o Grêmio Prudente.

9 de novembro de 2010

Magno Alves preocupa o Botafogo


A defesa é um ponto forte do Ceará. Mas recentemente, é do ataque que vem o principal nome da equipe. Com três gols nas duas últimas partidas, Magno Alves receberá atenção especial do Botafogo na partida desta quarta-feira, em Fortaleza. O Alvinegro carioca sabe que não pode dar espaços ao experiente atacante de 34 anos, que marcou dois gols sobre o Flamengo e um diante do Grêmio.

- Procuramos ver todos os pontos fortes das equipes adversárias, e ele é uma preocupação. Sempre o acompanhei e sei que é um artilheiro, mas também estaremos atentos ao coletivo do Ceará - afirmou o zagueiro Danny Morais.

Jefferson, que sofreu apenas dois gols nas últimas seis partidas, também garante estar atento à boa fase de Magno Alves.

- Mesmo numa idade avançada vem se destacando bastante. Parabéns a ele - disse o goleiro.

3 de novembro de 2010

Com cheiro de decisão

Com promessa de estádio Castelão cheio, o Ceará tenta bater o Flamengo hoje à noite. Uma vitória praticamente espanta de vez qualquer risco de rebaixamento e aumenta consideravelmente as chances de classificação para a Copa Sul-Americana de 2011

O Ceará disputa hoje à noite uma decisão. A partida não garante título algum, mas vale um bocado para o Vovô. Contra o Flamengo, num Castelão que promete estar novamente lotado, o time tenta uma vitória que pode definir a temporada. Um trunfo praticamente afasta de vez qualquer risco de rebaixamento e coloca a equipe com um percentual bem alto de chances de garantir uma vaga na Copa Sul-Americana de 2011.



Se vencer, o Ceará chega aos 46 pontos. Desde 2003, quando o Brasileirão ganhou a fórmula atual, em média, esse número tem sido suficiente para escapar da degola (a média exata é 45,5 pontos).

Mesmo com o atuais 43 pontos, os sites de estatísticas já descartam uma possível queda do Ceará. As chances, para os matemáticos, são menores que 1%.

Já em relação à Sul-Americana, 50 pontos têm sido a média para conquistar vaga. Ou seja, se ganhar hoje à noite o Vovô fica a quatro de se garantir na competição no ano que vem.

Para a partida Dimas Filgueiras confirmou a alteração que já era esboçada na última rodada: Diego Sacoman no lugar de Anderson na zaga. Na lateral, nenhuma surpresa. Eusébio ficou com o lugar de Vicente, lesionado.

Na frente, Washington, mesmo criticado pela torcida, permanece como titular. O camisa 9 tem a confiança de Dimas e segue barrando o ex-titular Marcelo Nicácio.

Fla ofensivo
O técnico Wanderley Luxemburgo espera que o Flamengo deixe definitivamente para trás o fantasma do rebaixamento. E conta com uma vitória hoje para isso. Para tentar facilitar a missão, o treinador resolveu repetir a escalação com três atacantes. “Com eles, ficamos uma boa possibilidade de empurrar o adversário para trás”, analisou. A única troca é a entrada do volante Correa na Maldonado, suspenso.





SÉRIE A 2010

CEARÁ
Michel Alves; Boiadeiro, Diego Sacoman, Fabrício e Eusébio; Michel, Heleno, João Marcos e Geraldo; Magno Alves e Washington.

Técnico: Dimas Filgueiras



FLAMENGO

Marcelo Lomba; Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Juan; Correa, Willians e Renato; Diogo, Diego Maurício e Deivid.

Técnico: Wanderley Luxemburgo

Local: Estádio Castelão
Horário: 20h50min (de Fortaleza)

Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa-SP)
Assistentes: Márcio E. Santiago(Fifa-MG) e Anderson Moraes (SP)
Ingressos: Cadeira inferior - R$ 60. Cadeira superior - R$ 30. Estudantes e pessoas com mais de 65 anos pagam meia entrada.

Transmissão: Rádio O POVO/CBN (1.010 Khz) e Pay-per-view

Icasa vacila

Verdão empata outra dentro de casa e perde mais uma chance de se distanciar da zona de rebaixamento da Série B

Era para ser uma noite de muitos gols a favor do Icasa no Romeirão, porém, apesar das várias chances de gol, a equipe cearense ficou apenas no empate de 1 a 1 com o São Caetano. Com um gol de Luiz Gustavo, o Verdão do Cariri chegou aos 41 pontos e continua próximo da zona da degola. Já o Azulão, que teve o gol de empate marcado por Fernandinho, chega aos 45 pontos e deixa sua situação ainda mais complicada no Campeonato Brasileiro.

Para o técnico icasiano Flávio Araújo, apesar do resultado, a partida de ontem pode ser considerada a melhor da equipe dentro do Estádio Romeirão. "Mas a realidade do futebol é gol e se você não transformar o que você jogou em gol, você não vence. Mas estou feliz, em parte, porque a equipe jogou muito", pontuou o treinador.

O jogo

A partida iniciou com quase 10 minutos de atraso por conta da ausência de uma ambulância no Estádio Romeirão. Entretanto, a chegada do veículo foi de extrema importância para o duelo, pois o zagueiro icasiano Diogo, logo aos três minutos de bola rolando, caiu de mau jeito e sofreu uma luxação no cotovelo esquerdo. Para sua vaga, o técnico Flávio Araújo colocou o zagueiro Marcelo Mineiro.

Após as confusões iniciais, o Icasa partiu para cima do São Caetano sem dar chances de contra-ataque para a equipe paulista. As raras investidas do Azulão ou paravam nas mãos do goleiro Marcelo Pitol ou nos pés dos zagueiros cearenses.

O primeiro gol da partida só sairia aos 31 minutos, após cobrança de escanteio, Carlinhos levantou para a área, a bola desviou na zaga adversária e Luis Gustavo subiu no último andar para abrir o placar para o Verdão do Cariri. Aos 38, André Neles, por pouco, não marcou mais um para os cearenses. Após receber a bola dentro da área, o atacante icasiano deu um chapéu no seu marcador e chutou cruzado para o gol de Luiz, no entanto a bola acabou resvalando na trave.

No tempo final, o Icasa voltou a campo com um bom desempenho. Porém, a equipe cearense acabou desperdiçando várias chances de gol. A primeira delas foi aos nove minutos, com Leozinho, que driblou dois adversários, invadiu a área e chutou para a defesa do goleiro Luiz. Na sobra, André Neles em posição de impedimento e livre de marcação chutou para fora.

Aos 15, novamente Leozinho, após receber o cruzamento de André Neles, driblou dois marcadores e por pouco não ampliou para o Verdão do Cariri. Se por um lado, os cearenses perderam muitas chances de gol, os paulistas não bobearam e, aos 36, após confusão na área, Fernandinho mandou uma bomba de dentro da área, sem dar chance para Pitol.