Bola Em Campo

21 de dezembro de 2010

FCF e SVM não chegam a um acordo com o Vozão.


A novela parece ainda não ter terminado, ou ainda nem começado, mas parece que o Cearense 2011, está longe de uma definição sobre transmissão, ou não de TV, para os clubes cearenses. O fato é que tanto a FCF como o SVM já acertaram detalhes sobre a transmissão do torneio, mas ainda não chegaram a um acordo com o Alvinegro, com relação aos valores de direitos de transmissão do clube.

Segundo o presidente da FCF, Mauro Carmélio, o mesmo chegou ao máximo que a mentora poderia conseguir junto ao sistema que teria o direito de transmissão do torneio. "Conseguimos um valor bem superior ao desse ano, e acho de bom tamanho para os nosso clubes", afirmou Mauro. O valor, não declarado, chega às cifras de 1,7 milhões de reais que seriam rateados entre os 12 clubes.

Segundo Mauro, o valor seria dividido entre 3 grupos de equipes que receberiam as quotas diferenciadas. O grupo I, estariam Ceará e Fortaleza. No grupo II estariam Ferroviário, Icasa e Guarany de Sobral, e no Grupo II estariam as outras equipes. O impasse está no valor que a FCF estaria disponibilizando para o Alvinegro, algo em torno de R$500 mil reais para a transmissão do Cearense todo, ainda incluindo nesse pacote o direito de colocar na camisa do Vozão, uma das marcas de uma empresa do Grupo Edson Queiroz.

"Já acertamos tudo com o Mauro Carmélio, demos o nosso valor para a transmissão do campeonato, e cabe a ele tentar chegar a esse valor. Já tiramos tudo que poderíamos tirar, não dá para diminuir, infelizmente", disse Evandro. O Vozão.Com apurou que o valor referente a transmissão que o Alvinegro deseja seria algo em torno de R$700 mil, não estando nesse pacote nenhuma inclusão de patrocínio em uniforme da equipe.

Segundo setores da imprensa, os mesmos afirmam que o Ceará estaria querendo uma quota diferenciada dos outros times, o que Evandro nega. "Não estamos pedindo quota diferente, só o que achamos justo para a transmissão de nossos jogos, caso a FCF queira dar a nossa quota igual para outros times não temos nada a ver com isso, só que o nosso valor é esse, não me interessa o dos outros times".

Caso não chegue a um acordo os jogos do Alvinegro não serão transmitidos, garante Evandro. Dessa forma Mauro tenta sair dessa sinuca de bico, e afirma que chegará a um acordo com as duas entidades. Já o Sistema, afirma não ter interesse em transmitir o campeonato sem poder transmitir os jogos do Ceará. Aguardem as cenas do próximo capítulo...

Ho Ho Ho, o Yarlei voltou...


Esta aí o presente de natal que o torcedor do Ceará queria. Se em 2009 Mota foi repatriado, em 2011, o grande reforço do Alvinegro para suprir a ausência de Magno Alves é o ídolo do Vozão, Yarlei. Depois de rescindir contrato com o Corinthians, atacante coemçou um namoro com o Vozão, que terminou em casamento na tarde de hoje com a assinatura de contrato.

Yarlei foi apresentado com festa em CAP, e deve iniciar os treinamentos junto com o restante do elenco em 03 de janeiro. Confira a ficha técnica do jogador:

Nome Completo: Pedro Iarley Lima Dantas
Apelido: Iarley
Posição: Atacante
Data de Nascimento: 28/03/1974
Naturalidade: Quixeramobim/CE
Peso: 71
Altura: 1.70

Clubes: Ferroviário/CE, Quixadá/CE, Real Madrid B/ESP, Ceuta/ESP, Melilla/ESP, Uniclinic/CE, Paysandu/PA, Boca Juniors/ARG, Dorados/MEX, Internacional/RS, Goiás/GO, Corinthians/SP e Ceará/CE.

Iarley deixa Corinthians e acerta o seu retorno para o Ceará

Jogador seria reserva na equipe de Tite em 2011 e preferiu acertar com o time do Nordeste, onde será o substituto de Magno Alves, que foi para o Galo

Dois dias depois de perder o atacante Magno Alves, que acertou com o Atlético-MG, a diretoria do Ceará agiu rapidamente e já anunciou o novo dono da camisa 9. É Iarley, que disputou a temporada 2010 pelo Corinthians. A notícia foi confirmada pelo site do clube cearense. O jogador tinha contrato com o clube de Parque São Jorge até julho de 2011, mas como teria poucas oportunidades, preferiu respirar novos ares. No total, ele disputou 57 partidas pelo Timão e marcou dez gols.

Será a segunda passagem de Iarley pelo Ceará. A primeira ocorreu entre 2001 e 2002. Aos 36 anos, o jogador foi revelado pelo Ferroviário e depois vestiu as camisas de Real Madrid-B (ESP), Celta (ESP), Uniclinic-CE, Paysandu, Boca Juniors-ARG, Dorados-MEX, Internacional-RS e Goiás. Seu melhor momento foi com a camisa colorada, em 2006, quando conquistou os títulos da Taça Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, em entrevista à rádio Globo, disse que não gostaria de liberar o atacante. Mas que o jogador pediu para ser liberado.

- Eu disse para o Ceará que se o atleta quisesse sair, eu não iria segurar ninguém. Ele tinha contrato com o Corinthians até junho e, até lá, o Corinthians vai pagar metade do seu salário - afirmou o dirigente alvinegro.

17 de dezembro de 2010

Geraldo renova


A Diretoria do Ceará anunciou na tarde desta quinta-feira, que o vinculo contratual do meio campo Geraldo (foto) foi renovado por mais quatro meses, ou seja, apenas para o campeonato Cearense de 2011, apesar de um contrato curto, não foi descartado uma possível extensão contratual até o final da temporada 2011.

Já o goleiro Michel Alves, alegando motivos particulares, pediu a direção Alvinegra mais tempo para poder dar a resposta com relação à proposta feita pelo Clube quanto a renovação de seu contrato para a próxima temporada.

“Nós estamos informados dos motivos do Michel Alves para pedir esse tempo a mais e vamos aguardar mais um pouco”, informou o Gerente de Futebol Fred Gomes.

A Diretoria do Ceará pretende anunciar pelo menos duas contratações até o final dessa semana, para a temporada 2011. Três atletas já teriam acertado bases salariais com o Ceara, restando apenas a liberação de seus clubes para a negociação ser concretizada.

O Ceará busca dois laterais, um direito e outro esquerdo, um volante, dois meias e dois atacantes. Nomes como o do lateral direito Apodi, que disputou a última Serie A pelo Guarani, mas que tem passe preso ao Cruzeiro e do meia Sergio Motta do São Paulo, são cogitados em Porangabuçu.

14 de dezembro de 2010

Mil e um pesadelos



Nem mil e um pesadelos, na terra das mil e uma noites, poderiam prever uma tragédia assim. Acabou. Triste assim, frio assim, duro assim: acabou. Acabou cedo, na precocidade do primeiro jogo, no fiasco da estreia. Acabou quando deveria ter começado. O time gaúcho sangra o vermelho de sua camisa diante de uma eliminação histórica, diante da certeza que nenhuma lenda árabe poderá recriar. O Inter não será bicampeão do mundo em 2010. O Mazembe, com vitória de 2 a 0 nesta quarta-feira, no estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi, garantiu classificação para a final do Mundial de Clubes da Fifa

A tragédia está mais na arquibancada do que no campo. Milhares de colorados cruzaram o mundo para ver o Inter campeão nos Emirados Árabes. Acabaram agredidos por um dos maiores desastres dos mais de cem anos de vida do clube gaúcho. No dia em que a torcida fez história, o time pagou mico. Nem mil e um pesadelos poderiam prever.

- Quando tivemos oportunidade de fazer o gol, infelizmente não conseguimos. E eles marcaram em um belo chute na primeira chance. Ficamos muito chateados. Sabemos que decepcionamos muitas pessoas - resumiu Bolívar.

Os dois gols do Mazembe saíram no segundo tempo, com Kabangu e Kaluyituka. Talvez não tenha sido exatamente justo, mas o Inter pouco fez para merecer sorte melhor - o Inter do campo, claro, porque o Inter da arquibancada fez seu papel. Com a vitória, o surpreendente time da República Democrática do Congo duelará com o Inter de Milão ou o Seongnam Ilhwa, da Coreia do Sul, na decisão.




Melhor, mas não o bastante

Faltou D’Alessandro atordoar os adversários com dribles e lançamentos. Faltou Kleber ter aquela precisão de sempre. Faltou Bolívar encontrar o posicionamento que ameniza a lentidão. Faltou muita coisa para o Inter no primeiro tempo do empate por 0 a 0 com o Mazembe. Um tanto pelo nervosismo decorrente da estreia, outro tanto pela dificuldade imposta por um adversário longe de ser bobo, o time colorado não conseguiu ter encaixe nos 45 minutos iniciais. Os primeiros passos vermelhos no Mundial de Clubes foram titubeantes.

O Inter começou melhor. Deu pinta de que iria fazer um gol logo, logo. Rafael Sobis, com um minuto de jogo, já mandou chute por cima. Wilson Matias cabeceou com perigo pouco depois. D’Alessandro arriscou para fora. Rafael Sobis insistiu em cobrança de falta, também para fora. E ele mesmo teve a melhor chance, em tabelamento com Alecsandro, mas Kidiaba defendeu

Os primeiros dez minutos foram promissores. O problema é que o rendimento vermelho, a partir daí, foi caindo gradativamente. Cabeceio de Índio na segunda trave quase virou gol. Testada de Tinga também foi ameaçada. Mas o Mazembe, conforme o tempo passava, mais confiança ganhava. Jamais houve pressão, até porque os africanos fogem daquela imagem de um time meramente veloz e forte. Houve organização.

Os adversários colorados ameaçaram duas vezes. Em ambas, entraram em velocidade pela ponta esquerda, sem acompanhamento de Bolívar. Renan precisou intervir.

Roth armou o Inter no esquema 4-5-1, com Rafael Sobis no meio. É um esquema que dá solidez defensiva, mas empobrece o ataque. Os colorados, é bem verdade, mais atacaram do que foram atacados no primeiro tempo. Mas é pouco.

Segundo tempo: um golpe no início, outro no fim


O mundo parou aos sete minutos do segundo tempo para cada colorado - para os 11 em campo, para os milhares nas arquibancadas, para os milhões espalhados pelo mundo. Cada camisa vermelha, estivesse onde estivesse, ficou congelada quando Kabangu recebeu aquela bola, olhou para o gol de Renan, viu um espaço aberto à direita, mandou a bola lá, encontrou a lateral da rede, soltou o grito de gol. Não podia ser verdade. Enquanto o goleiro Kidiaba pulava no chão em sua comemoração, batia um sentimento coletivo de que simplesmente não podia ser verdade.

Roth percebeu que tinha que agir. Tirou Tinga e Alecsandro, colocou Giuliano e Leandro Damião. Surgiram chances. Sobis mandou uma pancada, e Kidiaba pegou; Giuliano entrou na área, cara a cara com o goleiro, e Kidiaba salvou mais uma. Incrível.

Os ponteiros do relógio martelavam desespero na alma colorada. Onde estava D’Alessandro? Onde Kleber tinha ido parar? Onde tinha se escondido a explosão de um time que trabalhou quatro meses seguidos só pensando no Mundial? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Faltavam as respostas. Faltava o gol para uma torcida que, em estado de choque, até tentava continuar cantando.

Mas viria o silêncio. Viria o golpe final. Viria o gol de Kaluyituka aos 40 minutos. Nem mil e um pesadelos poderiam prever que o Inter seria eliminado do Mundial de Clubes já na estreia.

Inter vive velório após eliminação

Pablo Horácio Guiñazu, ao sair de campo após a derrota do Inter para o Mazembe por 2 a 0, ainda teve que esperar na beira do gramado para dar entrevistas. Ele olhou para o chão, passou a mão pelos olhos, esfregou a camisa no rosto. Estava arrasado.

Rafael Sobis, talvez o jogador mais brincalhão do Inter, caminhou lentamente por um corredor da zona mista. Parecia ir para uma execução. Olhava fixamente para o nada. Ao ser entrevistado, soltava uma voz baixa, quase inaudível. Não acreditava no que havia acontecido.

Paulo César Tinga carregava fones de ouvido que pareciam pesar uma tonelada. Soltar um sorriso ao ver Andrezinho dando entrevista para uma TV sul-coreana foi um segundo de exceção. Colorado desde criança, ele sangrava por dentro.

Eles estavam à beira da depressão. São todos protagonistas de um dos maiores fiascos da história do Inter. E sofrem por isso.

- Eu posso falar, com toda a certeza, que não tem nenhum torcedor colorado mais triste do que eu. Até pode ter igual, mas mais triste do que eu não tem – disse Tinga.

Os jogadores choraram no vestiário. Ainda dentro de campo, desabaram com um golpe sem tamanho. Nei se agachou no gramado. Celso Roth teve outra feição no rosto: de incredulidade.

- Estamos todos muito abalados. É um clima de velório – afirmou o vice-presidente de futebol do Inter.

Dureza vai ser ter que encarar a disputa do terceiro lugar. O churrasco na casa de Abel Braga, o passeio programado pela cidade, tudo fica em dúvida com a eliminação.

- Para mim, o Mundial acabou – resumiu Alecsandro.

7 de dezembro de 2010

Ronaldinho e Adriano indicados ao 'prêmio' de pior do ano na Itália

Brasil domina lista de 10 jogadores com seis nomes: Felipe Melo, Mancini, Diego e Amauri também estão concorrendo ao 'Bidone d'Oro'


Um dia depois de a Fifa indicar Messi, Xavi e Iniesta como finalistas da Bola de Ouro, o programa de rádio "Catersport" anunciou nesta terça-feira os concorrentes para o "prêmio" de pior jogador de 2010 no futebol italiano. Dos dez nomes da lista, seis são brasileiros: Adriano (Roma), Ronaldinho Gaúcho (Milan), Felipe Melo (Juventus), Mancini (Inter de Milão), Diego (ex-Juventus e hoje no Wolfsburg) e Amauri (Juventus, naturalizado italiano).
O romeno Mutu (Fiorentina) e os italianos Materazzi (Inter de Milão), (ex-Juventus) e Cassano (Sampdoria) completam a relação do "Bidone d'Oro" (que pode ser traduzido como “Perna-de-pau de ouro”) deste ano. A eleição é feita pelo site da rádio RAI 2 na internet.
O último vencedor da votação foi Felipe Melo, que ganhou 22,87% dos votos de 18.752 pessoas em dezembro de 2009. De volta à Itália neste ano depois de defender o Flamengo no Brasil, Adriano já conquistou o "Bidone d'Oro" em 2006 e 2007, quando era do Inter de Milão. Outro brasileiro eleito foi Rivaldo em 2003 com o Milan.
A eleição é feita pela rádio desde 2003, quando foi vencida por Rivaldo. Depois, Nicola Legrottaglie (Juventus, 2004), Christian Vieri (Inter e Milan, 2005), Adriano (2006 e 2007), Quaresma (2008) e Felipe Melo faturaram a paródia da Bola de Ouro inventada pela revista "France Football" e que neste ano unificou o prêmio de melhor do mundo com a Fifa.