Bola Em Campo

4 de dezembro de 2009

Clubes da Série B pagaram caro por deixar a FBA


Terminado o Campeonato Brasileiro da Série B pouco se discutiu sobre o merecimento com que os quatro clubes subiram – Vasco, Guarani, Ceará e Atlético-GO – como também não se falou sobre as fracas campanhas dos rebaixados – ABC, Campinense, Fortaleza e Juventude. Mas o maior fato negativo nesta temporada foi mesmo o rompimento dos clubes com a FBA - Futebol Brasil Associados – ficando à mercê dos desmandos da ditatorial CBF e da insuperável Rede Globo.

O rompimento só gerou sérios prejuízos para os clubes. De toda monta: financeiro, econômico e moral. O presidente José Neves Filho (foto) foi tirado de cena por defender ferrenhamente os interesses de seus filiados. Peitou a CBF, fez exigências para a Globo e buscou novas alternativas para reforçar o orçamento dos clubes.
José Neves pagou um alto custo por sua postura arrojada e, acima de tudo, ética. E quando a CBF, numa simples reunião geral, impôs a sua vontade encontrou dirigentes despreparados, cabisbaixos e que engoliram a seco todas as imposições da perversa dupla formada por CBF/Globo.

O sucesso dos anos anteriores da Série B foram por água abaixo na base da canetada. Em 2008 alguns clubes receberam até mais de um milhão de reais para a competição. E este ano a divisão foi igual para todos e na base de apenas R$ 750 mil. É menos de R$ 100 mil por mês. Ridículo. A previsão da FBA para 2009 já era superar a barreira de R$ 1,5 milhão, ou seja, o dobro do que cada clube recebeu.

O castigo veio a cavalo. Os clubes ficaram na penúria e sem a quem recorrer. Nunca se viu tantos clubes com salários atrasados. Aliás, muitos jogadores vão virar o ano sonhando com dois ou até três meses de salários. A lista é grande: Bahia, Juventude, Paraná, Ipatinga, Campinense, Bragantino...E até greve ou paralisações de protestos de jogadores ocorreram, como com Paraná, Bahia e Campinense.

Além disso, a mudança radical na fórmula da Série C limitou a competição a um simples torneio. E a Série D foi simplesmente ridícula. Ainda em 2008, José Neves organizou muito bem a Série C e já se dispunha a promover a Série D, movimentando clubes de norte à sul do país.

Nem festa de final de ano vai acontecer, comprovando que a CBF e a Globo só se preocupam com os grandes clubes. E que tomaram de assalto as Séries B e C da FBA por interesses econômicos. A venda publicitária aumentou, o pay-per-view é um sucesso cada vez maior e a invasão da telefonia móvel vai render milhões para a dupla, sempre em detrimento dos clubes, agora abandonados, sem representatividade e sem recursos. Os inoperantes e omissos dirigentes merecem este castigo.

Waguinho Dias foi bem no Sendas
Não deu, faltou um pouquinho. Mas o trabalho do técnico Waguinho Dias à frente do Sendas, do Rio de Janeiro, deu resultados positivos. O novato time formado pelo Grupo Pão de Açúcar, chegou bem perto do acesso para a Primeira Divisão. E com a experiência e organizada adquiridas, o Sendas tem tudo para fazer um 2010 de muito sucesso. A esturuta do Sendas contou com o reforço do dirigente Thiago scuro, uma grata revelação.

Copa SP agita interior
A disputa da tradicional Copa SP de Júnior, em janeiro, agita muitas cidades do Interior que serão sedes na primeira fase. Como Leme, Paulínia, Jaguariúna, São Carlos, entre outras. As secretarias municipais com visão aproveitam a competição para gerar e motivar as ações realizadas na base e na formação de seus jovens. Um belo caminho para a educação e cidadania.

Série A2 valorizada
As forças equilibradas dos 20 clubes que vão disputar a Paulista da Série A2 abrem a perspectiva de uma grande competição. A maior parte dos dirigentes está “p da vida” com a Federação Paulista de Futebol, que oferece a ridícula cota de R$ 80 mil para a competição. Mesmo assim, todos correram atrás de recursos para chegar logo à elite estadual.

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