O maior artilheiro da história do Boca Juniors tem autoridade para decretar: o time, que foi derrotado neste domingo pelo Rosario Central, na Bombonera, e que está na antepenúltima colocação do Torneio Clausura (encerramento) do Campeonato Argentino, chegou ao fundo do poço. Palermo viveu os momentos mais gloriosos da equipe, que são de um passado bem recente, e afirma, do alto dos seus 36 anos de idade: é preciso buscar logo uma saída para a crise.- Não estamos acostumados a viver esse momento e agora temos que pensar no futuro do Boca, porque tocamos o fundo. Não devemos pensar no presente, porque já sabemos onde estamos. Não há que se dar voltas a tudo isso, e sim tratar de terminar da melhor forma o torneio - analisou o artilheiro, que segundo o goleiro Pato Abbondanzieri interessa ao Inter de Porto Alegre.
Para o goleador o problema não surgiu de um momento para o outro:
- Faltam sete partidas e pelo bem do Boca há que se pensar no futuro, porque isto é consequência de vários campeonatos, não deste, nem do semestre passado (no Torneio Apertura). É a consequência de muitas coisas que nos levaram a este ponto. É preciso tomar decisões. Pensávamos que íamos ser campeões para voltar à Taça Libertadores do próximo ano e ficamos sem nada. O Boca Juniors não está acostumado a viver esta situação.
Para Palermo, não há só um responsável pela péssima campanha:
- Isso é responsabilidade de todos e cada um, e eu como jogador a assumo. Cada um como jogador deve fazer o mesmo. Se saíram treinadores e por isso se chegou a este ponto, isso de tomar decisões envolve dirigentes e jogadores e não devemos tomá-las de maneira precipitada.
Perguntado sobre a situação do técnico Abel Alves, Palermo afirmou:
- Creio que amanhã (esta segunda-feira) vá ao treino e estará junto conosco, que somos os responsáveis de não ganharmos partidas, como também são a comissão técnica e os dirigentes.
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