Bola Em Campo

12 de outubro de 2009

Com o Engenhão lotado, Botafogo empata com o Avaí em tarde de Victor Simões

Polêmica, sufoco e diversão no dia das crianças de torcedores de Botafogo e Avaí. Em jogo com casa cheia no Engenhão, cariocas e catarinenses empataram por 2 a 2, nesta segunda-feira, em confronto válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Emerson e William colocaram os avaianos em vantagem, mas Victor Simões, duas vezes, garantiu a igualdade ao Glorioso na segunda etapa. Os minutos iniciais da partida, no entanto, foram marcados por momentos de tensão do lado de fora do estádio. Com a carga extra disponibilizada pela diretoria do Botafogo em cima da hora, 33.641 torcedores pagaram ingresso para assistir ao jogo. Muitos deles não conseguiram fazer valer do seu direito, tentaram invadir o local e protestaram por toda a primeira etapa. Com o resultado, o Glorioso permanece em 16º, com 32 pontos, a três do Santo André, primeiro clube fora da zona de rebaixamento. Já o Avaí segue em sua caminhada tranquila pela permanência na elite, em 12º, com 40.

Na próxima rodada, o Botafogo vai até Belo Horizonte encarar o Cruzeiro, domingo, às 18h30m, no Mineirão. Já o Avaí recebe o Goiás, sábado, no mesmo horário, na Ressacada, em Florianópolis.

De moral elevado pelas convincentes vitórias sobre Goiás e Atlético-MG e empurrado pela torcida, que compareceu em grande número no Engenhão, o Botafogo fez uma verdadeira blitz no campo de ataque nos minutos iniciais. Com o quarteto formado por Jobson, Lucio Flavio, Reinaldo e André Lima, o Glorioso comandava as ações, mas criava pouco. Aos 12 minutos, a primeira boa jogada veio acompanhada de polêmica. Após passe de Lucio Flavio, Reinaldo invadiu a área e recebeu o tranco de Rafael. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro mandou seguir o jogo. Se faltavam espaços, a solução era arriscar de longe. E foi assim que André Lima assustou Eduardo Martini em chute forte, aos 18. Sete minutos depois, a individualidade de Jobson entrou em ação. O atacante fez fila e foi derrubado na entrada da área. A torcida pediu e Juninho assumiu a cobrança. O zagueiro soltou uma pancada, mas o goleiro do Avaí impediu o gol. Aos 28, Jobson seguia infernal. Ele enganou dois adversários com um drible de corpo e concluiu colocado. A bola tirou tinta do travessão.

Dono do jogo, o Botafogo não conseguia transformar a superioridade em gols e dava espaços na defesa. Em um contra-ataque, Assis disputou a bola com Leandro Guerreiro e recebeu um chute no rosto dentro da área. Pênalti que o árbitro André Luiz Castro transformou em falta. Foi suficiente. Caio levantou a bola no segundo pau, e Emerson testou firme no canto esquerdo de Jéferson: 1 x 0 Avaí. Revoltado com a marcação da falta, Estevam Soares reclamou muito com o auxiliar Altemir Hausmann e foi expulso. Sem o comandante e atrás no marcador, o Glorioso se desequilibrou. Os passes errados se tornaram uma constante e o castigo veio aos 44. Wellington interceptou chute mascado de Caio, mas não teve firmeza na dividida com William na sequência do lance. O atacante do Avaí ficou com a bola e girou rápido para marcar o segundo. Chute forte e inapelável para Jéferson. Surpresa e vaias para a equipe. - Sentimos o primeiro gol. É um pecado. O Avaí chegou duas vezes e fez dois gols – justificou Leandro Guerreiro.

O que se anunciava como festa, começou a ser tratado com precaução no Engenhão. Fora de campo, a diretoria reforçou a segurança. Dentro dele, Estevam Soares lançou Victor Simões na vaga de Léo Silva e deixou o Botafogo com quatro atacantes. Seguro, o Avaí, no entanto, seguiu tranqüilo em campo. Sem pressa, o time catarinense apostava no toque de bola e assustou com Caio e Assis, em chutes de longe, aos 10 e aos 11. Com o meio-campo perdido, o técnico do Bota desfez o esquema e trocou Reinaldo por Rodrigo Dantas. A mudança surtiu efeito. Aos 15, Jobson deixou Victor Simões em boa posição, mas o atacante errou a cabeçada. Três minutos depois, não teve perdão. Lucio Flavio levantou na área, Juninho disputou no alto e a bola sobrou limpa para o Pantera encher o pé e descontar. O gol incendiou o torcedor. Aos 20, Rodrigo Dantas serviu Léo Lima, que chutou mal de longe e desperdiçou boa chance. Dois minutos depois, um lance inusitado. Após disputa de Jobson e Eduardo Martini, a bola sobrou limpa para Augusto, que fechou o olho e acertou o próprio goleiro. Emerson, em cima da linha, impediu o gol contra.

A pressão alvinegra se tornou cada vez maior. Acuado, o Avaí só torceu para o lindo chute de Lucio Flavio, aos 27, passar muito perto do ângulo esquerdo de Eduardo Martini e sair. O empate, porém, era questão de tempo e chegou aos 33.

Após mais uma bola alçada na área, o goleiro do Avaí socou para trás, André Lima disputou com Emerson, e Victor Simões, novamente sozinho, só escorou para colocar o 2 a 2 no placar. O lance revoltou os catarinenses, que pediram falta de André Lima. William, o mais revoltado, foi expulso.

Com um jogador a mais, o Botafogo se mandou de vez em busca da virada. Aos 41, Lucio Flavio surpreendeu em cobrança de falta e acertou a rede pelo lado de fora. A pressão deixou a defesa exposta, causou a expulsão de Juninho, após duas duras faltas ao impedir contra-ataque, mas satisfez o torcedor, que aplaudiu muito a equipe.

Um comentário:

  1. O Botafogo pressionou o Avaí o tempo todo e merecia ganhar a partida sem dúvida disso. O Avaí ficou recuado o tempo todo.

    A torcida deu a resposta e superlotou o Engenhão e tem que continuar assim.

    O empate não foi bom, mas gostei da força de reação da equipe principalmente no segundo tempo em que merecia virar o jogo.

    ResponderExcluir