Bola Em Campo

16 de setembro de 2009

Jornalistas são agredidos

Um fato lamentável e que remete aos sombrios tempos da ditadura aconteceu durante a primeira partida da final do Campeonato Brasileiro da Série C entre ASA e América-MG, em Arapiraca. De acordo com o Portal Comunique-se, o jornalista Roberto Baía e o repórter fotográfico Carlos Alberto de Oliveira acusaram Policias Militares de terem os agredido durante a cobertura da partida.
Baía trabalha no jornal Extra de Alagoas e Tribuna Independente, e segundo ele a confusão começou quando o representante da Federação Alagoana de Futebol Júnior Beltrão, ordenou que ele deixasse o local. Após a negativa do jornalista, que pediu explicações para o fato, Beltrão teria o empurrado. A seguir, surgiram dezenas de policias, que agrediram e tiraram o jornalista do estádio à força."Após o ocorrido, fiquei pensando qual era o motivo daquilo. Lembrei que no mesmo dia o jornal Extra de Alagoas tinha publicado três páginas de denúncias contra a Federação Alagoana de Futebol (FAF). Deve ser algum tipo de retaliação", justificou o jornalista. O motivo alegado para expulsar Roberto Baía do estádio foi porque ele estava de bermuda. "Não vejo isso como um motivo, muitos jornalistas usam bermuda nos jogos daqui", disse Baía.O Comando do 3º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas divulgou nota oficial alegando que os jornalistas e os representantes da Federação teriam chegado às vias de fato e a polícia só separou. "Nenhum policial agiu com excesso e as únicas lesões sofridas foram causadas entre eles”, diz a nota.Já o presidente da Federação Alagoana, Gustavo Feijó, negou qualquer retaliação e tratou o episódio como um mal entendido. "A questão já foi esclarecida. Não passou de um mal entendido. Vamos emitir uma nota juntamente com o Sindicato dos Jornalistas sobre o assunto”, afirmou.Por outro lado, o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas repudiou o fato. "Nada justifica a violência. A forma de se abordar é outra. Quem conhece a polícia sabe o que é ‘ força moderada’ para eles”, disse Valdice Gomes da Silva, presidente do sindicato

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